segunda-feira, 12 de setembro de 2011


Ontem tive a ver a Grande Reportagem da SIC acerca do fatídico 11 de Setembro.

E já passaram 10 anos. Eu lembro-me que tinha chegado da escola e como sempre me sentava aos pés da cama e acendia a televisão. E lá estava, em todos os canais as ditas torres a caírem. A verdade é que tudo aquilo que me parecia um filme. Era demasiado surreal para ser real, para estar mesmo a acontecer.

Depois vieram todas as polémicas e conspirações a dizer que tinham sido os próprios EUA a atacarem-se ou (a minha favorita) que era uma montagem e que não tinha acontecido.
Se não aconteceu, onde estão elas?

Todos os anos me choco com aquilo que se deve ter lá vivido. Todos os anos me arrepio quando vejo o avião a embater contra a Torre. Todos os anos olho com terror para aquelas pessoas a fugirem da sua própria morte. E todos os anos me interrogo sobre o que terá passado pela cabeça de todas elas..

Todos os anos me interrogo: o que se terá passado dentro daquelas Torres para haver pessoas a mandarem-se de dezenas de andares? O que se terá passado para uma pessoa preferir mandar-se à morte? Será que o sofrimento era assim tanto? Será que o que se passava lá dentro era tão aterrorizador que preferiram desistir do que lutar pela vida até ao fim? Ou teriam, num acto de desespero, pensado que um milagre as podia salvar caso saltassem?

E as que sobreviveram?
Será que em momentos das suas vidas já admitiram a si mesmos que preferiam terem morrido lá? Como será viver com a visão de ver pessoas a morrer, pessoas a caírem mesmo à sua frente?

Todos os anos fico agoniada com tanto terror...

Todos os anos penso em todos os Heróis que tentaram socorrer os outros que a eles nada lhes eram. E Heróis são todos aqueles que tentaram salvar uma vida, nem que fosse a deles mesmo.

Dedico este post a todos eles. Aos que estavam num dia normal de trabalho e foram atingidos por esta tragédia e faleceram, aos que conseguiram sobreviver, aos bombeiros e todos aqueles que tentaram salvar vidas, são uns heróis, tanto os que faleceram, como os que sobreviveram e vivem com isso, aos que ajudaram a limpar os destroços e hoje têm problemas de saúde gravíssimos devido ao ar que por lá se respirava, aos psicólogos e psiquiatras que ajudam as pessoas que ficaram em stress pós-traumático, a todas as famílias que perderam entes queridos, a todos, que por uma maneira ou por outra, estiveram envolvidos nesta tragédia. A todos eles.

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