segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Há coisas que realmente estando de fora se vêem com uma clareza que não temos quando estamos dentro da situação!
Quando estamos perante algo que está fora da nossa rotina ou daquilo com que estamos habituados a ver e a viver, achamos sempre que agimos de certa maneira porque só pode ser o correcto, porque não havia outra maneira.
Depois vemos essa situação de fora, e começamos a perceber que (talvez) tenha sido a pior maneira de tudo, mas era a mais fácil!
As pessoas seguem o caminho mais fácil. E o caminho mais fácil é aquele que nós queremos, mesmo sabendo que não é o mais correcto para nós! E depois quando damos por nós estamos num buraco, escuro e imundo. E que a cada dia que passa, a cada passo que damos nesse caminho, esse buraco vai ficando mais fundo. Tão fundo que deixa de ser um caminho fácil! E depois quando queremos voltar atrás, quando queremos inverter a marcha e ir pelo caminho que é correcto, porque aquilo que nós gostaríamos que acontecesse, não aconteceu... pode ser demasiado tarde!

E então começa uma nova jornada. Uma jornada em que descobrimos que afinal não somos um ser humano fraco. É no alto da nossa desgraça que descobrimos o quão forte podemos ser. Quantas forças estão guardadas apenas esperando o momento exacto de agir para que não nos deixem cair. E quando te levantas, ainda com cicatrizes por sarar, nasce uma nova pessoa! Uma pessoa mais exigente consigo mesma e com aquilo que quer para si. E é aí que aprendemos a viver com o coração, mas nunca esquecendo a cabeça.

Quando se sofre uma vez, percebe-se que o ''perder a cabeça'' não é um acto muito inteligente.

E é por isso que agora presenciando tudo isso de fora me faz uma certa impressão no estômago e digo brutalmente ''se não é o melhor para ti.. por mais que custe, por mais que doa, não o faças! Se o fizeres, só vai ser pior porque, no fim, irá doer muito mais''

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