segunda-feira, 7 de março de 2011

O que tenho para dizer, é que para ti (homem que vivias nos meus sonhos, que decidiste morar na minha cabeça sem pedir permissão e que depois decidiste fazer as malas e abalar sem sequer dar um aviso prévio, mas deixando um pouco de ti para que a saudade e o terror fosse real).. Para ti já não há sol. Apagou-se especialmente para ti.
De certo que fizeste por fechar essa janela que o impede de brilhar para ti. O brilho que dizias haver em mim, não existe mais. Foi como se de repente tivesses carregado no interruptor e a lampada se fundisse permanentemente, mas só para ti.
E a verdade é que o encanto vai diminuindo. Já não fico embevecida a olhar para ti. A decorar os teus gestos, a maneira como arranjas o cabelo, como te sentas, como bebes o teu café ou fumas o teu cigarro. Já nada disso me encanta, me desperta, me apaixona.
Talvez a culpa não seja só tua. Se calhar eu é que achei que talvez pudesses ser diferente. Diferente de tudo e todos os que já conheci. Achei que podias ser alguém para quem o respeito fosse Imperador. Que o respeito por o outro, neste caso por mim, fosse soberano sobre todas as coisas. Como uma espécie de Deus. Como se o respeito fosse a nossa religião. Mas não é.
Não tenho a certeza de que tenha sido realmente assim. A tua desconfiança fez de mim desconfiada e eu já não sei confiar. Agora desconfiada e sentindo-me traída. Sentindo que me enganaste porque não me avisaste que me ia magoar. Que me ias fazer chorar da maneira como choro todas as noites quando me deito. Apaguei-me.
E é por isso, meu querido, que para ti já não há sol.

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